Este não deve ser um ano fácil para muitos no que diz respeito às relações familiares. Pode ser uma reedição do que foi 2018, quando uma eleição muito polarizada elegeu o atual presidente Jair Bolsonaro. Naquela época, muitos romperam com parentes que pensavam diferentes, num fla x flu político que reverbera até hoje. Com as novas eleições, o bolsonarismo e o antibolsonarismo devem voltar à arena. E o que fazer para evitar brigas imensas com quem se ama mas pensa diferente? É possível perdoar?No Podcast da Semana da edição perdão, o psicanalista Alexandre Patricio de Almeida fala sobre como há uma infantilização em não aceitar o outro e seus pensamentos. “O momento de eleição reativa movimentos infantilizados. A criança não consegue lidar com ambivalência, não consegue amar e odiar. De alguma forma, essas eleições e a polarização reativa essa reação psíquico infantil. Tem um lado bom que idealizo como salvador da pátria o meu candidato. Mas quem não acredita nele é mau”, afirma.Na entrevista a Gama, Almeida fala sobre como o conceito de reparação acontece na psicanálise e como o rancor e o ressentimento fazem mal, não só às relações, mas ao indivíduo. “Quando eu causo um dano muito grande ao outro, eu preciso reparar efetivamente. E não é pedir desculpa. O perdão tem que ser verdadeiro e efetivo e isso promove uma reparação e uma mudança psiquica, que implica na maturidade.”Acesse a Semana "Você consegue perdoar?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/voce-consegue-perdoar
Jun 5, 2022
25 min
Aline Diniz acompanha o consumo de filmes, séries e especialmente o mercado de entretenimento nerd. A jornalista e apresentadora diz que o tema da diversidade sempre existiu nas produções desse meio. “O entretenimento sempre teve o papel de mostrar a inclusão. Olha o X-Men, é o grupo mais diverso de super-heróis. Não é de agora que os nossos super-heróis estão lacrando, eles estão desde sempre trazendo esse debate, mostrando que a grande questão deles é exatamente trazer essa inclusão”, diz em entrevista ao Podcast da Semana.Após passar quase uma década como editora do portal de entretenimento Omelete, e no CCXP, um evento brasileiro de cultura pop que cobre vídeo-games, histórias em quadrinhos, filmes e séries para TV, ela resolveu seguir sozinha. Aos 31 anos, é uma das integrantes do canal no youtube Entre Amigas, é comentarista do TNT, tem uma conta de instagram e de twitter com mais de 100 mil seguidores cada e toca o podcast Falando de Nada, ao lado de Michel Arouca, em que analista especialmente o mercado de streaming e tv.Nesta episódio do Podcast da Semana, a conversa é especialmente sobre o avanço do universo nerd nas redes e na indústria de entretenimento.Acesse a Semana "Os nerds venceram?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/os-nerds-venceram
May 29, 2022
28 min
Quando remédios podem ser recomendados para emagrecer? Quando é seguro tomá-los? E quando é melhor deixá-los de lado e focar em alimentação saudável e exercícios físicos? Essas questões estão nesta edição do Podcast da Semana, que entrevista a médica endocrinologista Lívia Lugarinho, diretora do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Segundo Lugarinho, há muito estigma contra a obesidade, uma doença que não para de crescer no Brasil, e contra os remédios usados em seu tratamento. “Isso porque diz-se que você consegue perder peso e emagrecer se tiver força de vontade, se fechar a boca, como se a obesidade não fosse uma doença e uma epidemia crescente”, ela diz. Segundo ela, pessoas que usam medicamentos para perder um ou dois quilos e fórmulas ditas naturais milagrosas para emagrecer são outros dois problemas para o estigma da doença e de seu tratamento. “O uso de remédios deve ser prescrito por um médico e dentro de um tratamento específico para cada paciente.”A endocrinologista fala ainda das novidades das pesquisas de medicamentos usados no tratamento contra a obesidade e dos problemas em usar remédio sem prescrição médica.Acesse a Semana "Qual o remédio?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/qual-o-remedio
May 22, 2022
23 min
Como pedir o divórcio? Como separar de maneira que ninguém saia muito machucado? O sonho da separação amigável existe mas definitivamente não é tarefa fácil – especialmente quando envolve fihos, bens, mágoas e acordos mal acertados antes da relação chegar ao fim. Para chegar lá da melhor maneira possível, a entrevistada do Podcast da Semana, a advogada especialista em direito de família e sucessões Cibele Tucci, indica sempre ter um advogado por perto. Só assim, ela diz, para evitar respostas atravessadas, acusações na hora errada e o atraso da tão sonhada liberdade. "O divórcio não vem sozinho, mas com toda essa dissolução dos vínculos estabelecidos pelo casal", diz a Gama. "A mediação é importante quando as pessoas perderam o diálogo, quando um não ouve mais o outro."Acesse a Semana "Como foi sua separação?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/como-foi-sua-separacao
May 15, 2022
27 min
A bailarina Ingrid Silva deu um passo ousado no auge de sua carreira: resolveu ser mãe. Aos 33, ela hoje divide seu tempo entre o trabalho na companhia do Dance Theatre of Harlem e os cuidados com a filha, a pequena Laura, de um ano e cinco meses de idade. E, quando sai em turnê, as duas coisas se misturam e mãe e filha viajam juntas. “Tenho um grupo de dança que é uma comunidade. Sem eles, eu não conseguiria estar dançando até hoje, todo mundo cuida dela e me dá apoio”, diz Ingrid, a convidada dessa edição do Podcast Da Semana. “Um dos meus medos era eu voltar para a minha profissão e não voltar a ser quem eu sou. Não queria ser só mãe, não me sentiria completa. Fui super aceita no meu ambiente de trabalho”, ela conta a Gama.A história de Ingrid com o balé começou ainda na infância, aos 8, no Rio de Janeiro. No Brasil, estudou ainda com Debora Colker e foi estagiária do Grupo Corpo. Em 2007 ganhou uma bolsa para estudar nos EUA, no Dance Theatre of Harlem School, e em 2013 juntou-se à companhia do teatro. Em 2020, suas sapatilhas foram parar no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana Smithsonian, em Washington. Isso porque a Ingrid pintava as sapatilhas com base pra que elas ficassem do tom da sua pele. Essa história, e muitas outras, ela conta no livro “A Sapatilha que Mudou meu Mundo” (Editora Globo, 2021), que traça sua trajetória desde a infância.Na entrevista ao Podcast da Semana, Ingrid conta um pouco da sua rotina de mãe e bailarina profissional, sobre as dificuldades com o corpo depois da gravidez, sobre as descobertas da maternidade e sobre como sua luta antirracista e feminista tem influenciado na criança de Laura. “Nenhuma mãe branca tem que andar com a certidão do filho; uma mãe preta com criança mais clara, sim”, afirma.Acesse a Semana "Qual o direito das mães?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/qual-o-direito-das-maes
May 8, 2022
25 min
Talvez você já tenha ouvido a voz da Elaine de Azevedo. Ela faz o podcast “Panela de Impressão”, que fala da cultura brasileira pelas “lentes da comida”, como ela diz. Nutricionista PhD em Sociologia Política e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) há 35 anos, ela é também autora de “Alimentos Orgânicos: Ampliando os conceitos de saúde humana, ambiental e social” (Senac, 2012) e nos últimos tempos resolveu se dedicar a um ativismo mais intenso: pegou uma licença para fazer o podcast, produzir conteúdo de Instagram e dar cursos na Escola Livre Comida ETC. O objetivo dela é espalhar a palavra da alimentação de qualidade.Convidada do Podcast da Semana, ela explica o que é preciso fazer para se comer melhor. “É uma mudança estrutural, tem que agir em várias direções. Aqui no Brasil é de cima para baixo. Para comer bem, tem que enfraquecer a ponta do neoliberalismo, do capitalismo (…) Para comer melhor tem que apoiar quem produz, e não é o agro”, afirma a Gama.Acesse a Semana "Por que comemos mal?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/por-que-comemos-mal.
May 1, 2022
23 min
Se você já entrou ao menos uma vez na vida no Twitter conhece o nome de Chico Barney. Hoje colunista do UOL, ele é um pioneiro da internet. Começou com um blog em 2002 e foi crescendo (e aprendendo) junto com a rede, até virar uma de suas vozes mais importantes e um dos principais comentaristas da cultura pop do país. Expert em dar opinião, é ele o entrevistado do Podcast da Semana no episódio que trata sobre o mar opinativo que virou a internet.Mas apesar de viver de crítica e comentário e de tuitar muitas vezes ao dia, Barney diz que não vale a pena falar sobre tudo. Para ele, o Twitter é uma “ferramenta maravilhosa”, mas há um limite sobre o que se pode discutir. “Não preciso falar sobre guerra, do presidente, do que for. O Twitter não precisa ser uma extensão do meu cerebelo”, ele afirmou ao Podcast da Semana.Segundo ele, é importante saber que a opinião pode gerar respostas odiosas. “É preciso escolher as brigas que se quer entrar. Quanto mais paixão envolvida, pior para debater”, diz na entrevista que você ouve no Podcast da Semana.
Apr 24, 2022
22 min
Monique dos Anjos escreve contos eróticos em que busca dar protagonismo às mulheres negras e àquelas com corpos que não se encaixam nos padrões estabelecidos. A jornalista, escritora e consultora de comunicação antirrracista do Fundo Agbara trabalha para que as mulheres negras possam desfrutar da própria sexualidade da maneira que desejam."Penso muito no feminismo negro, que se difere do feminismo que a gente está acostumado. Se por um lado tem mulheres que falam de mamilos livres ou de andar com as roupas que desejam, a gente tá pedindo pra não ser tema de fantasia de Carnaval, para não tocarem no nosso cabelo, para respeitarem o nosso corpo", diz em entrevista ao Podcast da Semana.A paulista da zona leste de São Paulo, que já morou em países como Alemanha como jornalista convidada da Deutsche Wellee; e no Panamá trabalhando como voluntária da Cruz Vermelha e com mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, hoje cursa mestrado na Unicamp. Ela estuda divulgação científica e cultural com foco em raça e gênero. Seu trabalho é auxiliar empresas e pessoas a criarem uma comunicação eficiente e alinhada aos preceitos antirracistas.
Apr 17, 2022
17 min
Quando a atriz Maria Bopp lançou a personagem Blogueirinha do Fim do Mundo, que viralizou nas redes sociais, ela tinha feito as quatro temporadas da série “Me Chama de Bruna”, de 2016 a 2020. Na época, colecionava certa de 30 mil seguidores no Instagram. Hoje, esse numero ultrapassa os 1,1 milhão.Quando o número cresceu esse tanto, ela teve que lidar com outro tipo de reação do público. “Eu nunca fui neutra. Sempre me posicionei politicamente”, diz em entrevista ao Podcast da Semana. “Mas hoje eu vejo o custo que é se posicionar tendo um alcance maior. As pessoas às vezes nem entendem que estou sendo irônica.”Além disso, começou a ter que lidar com haters e comentários maldosos. “As pessoas xingam, maltratam e são crueis com você na internet. Não apenas bolsonaristas, mas pessoas pessoas comuns. Me senti mais paranoica na minha vida desde que comecei a postar os vídeos da Blogueirinha”Aos 30 anos, ela acaba de estrear a série “As Seguidoras”, produzida pelo Porta dos Fundos para a Paramount+. como a personagem Liv – uma influencer vegana que acaba se tornando serial killer.Ao Podcast da Semana, ela falou sobre a relação com o fãs e haters e o que isso interfere em seu posicionamento nas redes.
Apr 10, 2022
19 min
“A população brasileira tem um descrédito muito grande com a política, as principais instituições, a Presidência da República, os partidos, o Congresso, o Judiciário. E isso do ponto de vista de país, de uma democracia, preocupa – principalmente nesse momento que a gente vive”, afirma Bruno Carazza, doutor em direito pela UFMG, mestre em Economia pela UnB e professor da Fundação Dom Cabral. É ele o entrevistado do Podcast da Semana na edição sobre confiança.Colunista do jornal Valor Econômico e autor do livro “Dinheiro, Eleições e Poder: As engrenagens do sistema político brasileiro” (Companhia das Letras, 2018), Carazza fala sobre a relação entre política e democracia, que se ligam como num efeito dominó: escândalos de corrupção levam à perda de confiança na política, que leva à onda antipolítica, que leva a riscos à democracia. Por outro lado, se há confiança na economia, a política também se beneficia.Ao Podcast da Semana, Carazza falou ainda sobre a polarização que rege a política brasileira nos últimos anos, a relação que se estabelece entre a elite econômica e candidatos em eleições e a importância da confiança também como indicador macroeconômico.
Apr 3, 2022
25 min
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