Eficiencialidade Podcast

Eficiencialidade

Filipe Boni
Filipe Boni fala sobre Arquitetura e novos caminhos para o seu negócio. Vamos compartilhar insights, estratégias e idéias para você trabalhar com os projetos dos seus sonhos.
A Saúde e Sustentabilidade na Construção Civil
Qual a Relação da Saúde e Sustentabilidade na Construção Civil? Os temas estão bastante relacionados. Independente da escala de uma obra, os impactos à saúde acontecem indiretamente através da limpeza de nossas cidades e, de forma mais direta, através dos cuidados necessários que a equipe de obra recebe de sua empresa. O gerenciamento de uma obra com o foco na sustentabilidade e na saúde é uma parte importante para a construção civil, tanto do ponto de vista econômico, como do ambiental. E você, sabe como identificar esse impactos prejudiciais a obter mais saúde e sustentabilidade na construção civil? Existem múltiplas tarefas que precisam ser cumpridas para reduzir os danos ou a poluição, melhorando a saúde dos trabalhadores e dos vizinhos de uma edificação. Neste artigo vamos abordar vários desses itens, inclusive podendo ser seu checklist no planejamento de obras sustentáveis. Uma obra limpa começa já no primeiro contato com o terreno. Quais são suas características principais? Uma equipe de obra está acostumada a realizar esse levantamento, mas a intenção aqui é que ele seja feito com outros olhos, não apenas pensando no início rápido da obra. Geralmente, a maioria das obras ocorrem em terrenos pré-ocupados ou que encontram-se vazios, mas muito sujos, devido ao pensamento inadmissível de que um terreno vazio é automaticamente um depósito de lixo para a vizinhança. O mais comum é haver uma boa limpeza, seja na demolição de edificações preexistentes, capina e recolhimento de grandes quantias de resíduos sólidos. No entanto, esta é uma excelente oportunidade para iniciar o gerenciamento adequado de resíduos, e deve ser um dos primeiros itens da lista, logo ao lado da contratação de escavadeiras e tratores. O resíduo que será encontrado geralmente será uma incógnita. Portanto, descubra situação do terreno e monte um plano básico de destinação, contabilizando seus desvios de resíduos sólidos dos aterros sanitários e obtendo mais saúde e sustentabilidade na construção civil. Em uma certificação, como o LEED, AQUA, entre outros, este item contará alguns pontos. Quais são os destinos mais comuns para os resíduos? * Reciclagem. * Resíduos da construção civil para reaproveitamento – no caso de demolição. * Poda para compostagem. Durante a limpeza do terreno é importante pensar na grande movimentação de terra e nesta etapa inicia também o controle de qualidade do ar e da água. Controle inicial da qualidade do ar Em áreas que a terra já encontra-se exposta — e com muita movimentação de máquinas — procure manter o solo umedecido (utilizando água de reaproveitamento da chuva). Esta ação evita levantar tanta poeira, preservando a saúde dos alérgicos dentro e ao redor da obra. Controle de qualidade das águas durante a limpeza Utilize mantas de bidim em todas as bocas de lobo em que o terreno possa escoar água. Essas mantas devem ser trocadas com frequência. Proteja todos os corpos d’água durante a limpeza, para que não sejam contaminados com resíduos. Importante: O direcionamento dos resíduos para outros fins que não sejam aterros sanitários podem muitas vezes ser capitalizados. Converse com uma empresa especialista em gerenciamento de resíduos e maximize suas opções. Preservação do Ambiente Se procuramos uma relação de saúde e sustentabilidade na construção civil, obviamente precisaremos de uma atenção especial aqui. Antes de iniciar qualquer movimento dentro do terreno, isole áreas de preservação com cercas, respeitando o espaço mínimo exigido para cada caso – árvores, bosques, áreas de proteção ambiental exigida por lei, santuários, entre outros. Esse item é sensível e requer auxilio de um profissional do meio ambiente junto as autoridades locais de preservação ambiental, para que as leis sejam cumpridas de forma correta e a licença ambien...
Mar 3, 2018
20 min
Como utilizar vidros para a eficiência energética
Uma boa arquitetura possui uma relação de equilíbrio com o design, conforto e eficiência energética. Se você chegou até aqui, sabe que os vidros são muito importantes para a eficiência energética, e gostaria de aplicá-los de forma mais assertiva em sua arquitetura, certo? Afinal, desde que Mies Van der Rohe criou um dos primeiros conceitos da torre de cristal em 1921, a Freidrichstrasse Skyscraper, muita coisa mudou. Hoje possuímos tecnologias muito mais avançadas de construção, como softwares em 3D, BIM e estratégias de simulação, só para citar algumas mudanças. Mas…eu espero que você não esteja projetando como 1921, certo? Então leia este artigo para entender sobre um dos principais aspectos primordiais do conforto e eficiência energética em edificações: as características principais dos vidros. Os principais fatores em vidros para a eficiência energética Quais são os principais fatores relacionados em vidros para a eficiência energética? Na verdade existem diversos itens importantes que iremos abordar em outros artigos, tais como: * As transmitâncias em paredes, pisos e tetos * Edifícios vizinhos * Elementos de sombreamento * O uso da edificação * A ventilação natural * A caracterização das zonas térmicas * A aplicação de placas fotovoltaicas no final do processo. Outro índice muito importante – talvez primordial – é o WWR (Window to Wall Ratio) também chamado de PAF, que é a proporção entre as janelas em relação a cada fachada da edificação. No entanto, o objetivo deste artigo é demonstrar como apenas 3 índices nos vidros de uma edificação podem mudar drasticamente os fatores de eficiência energética, por mais que visualmente uma edificação seja praticamente igual a outra.   Portanto, possuímos 3 índices primordiais em vidros para a eficiência energética: * O SHGC (Solar Heat Gain Coefficient) * Fator U (U Value) * O VLT (Visible Light Transmittance). Cada um deles terá um papel diferenciado na eficiência energética da sua edificação, e nenhum pode ser ignorado. A compreensão por uma simulação Para que você entenda da forma mais didática possível, realizamos a simulação de vidros para a eficiência energética em uma edificação de escritórios genérica, toda em vidro, de 30×30 metros, com 15 pavimentos de 3,60m de altura, posicionada 90° em relação ao norte. Serão realizadas 2 análises por índice: * A primeira será realizada comparando os índices em 5 cidades brasileiras. * A segunda será realizada comparando mais profundamente 2 cidades brasileiras com as condições mais diferenciadas — Curitiba e Manaus. Lembrando que os valores obtidos são apenas uma noção de grandeza, pois não foram considerados tratamentos de sombreamento, ajustes no uso da edificação, taxas de infiltração, nem transmitâncias precisas em elementos da edificação como paredes internas, pisos e cobertura. Sempre considere avaliar todos elementos de uma edificação para obter melhores índices de eficiência energética. O SHGC – Solar Heat Gain Coefficient É sobre o ganho solar na edificação. Quando menor o seu índice – que vai de forma genérica de 0 até 1 – menor será o ganho solar dentro de um ambiente, pois ele se torna mais capaz de resistir à radiação. Este fator é importante em todas as regiões brasileiras, principalmente as mais quentes, que irão geralmente sugerir índices baixos de SHGC nos vidros para que possamos manter um índice de conforto aceitável. É importante mencionar que na maioria dos folhetos de fabricantes de vidros índice mais comum utilizado é o FS (Fator Solar). No entanto, o SHGC é mais completo, pois considera ganhos solares diretos em indiretos dentro da edificação e é mais amigável para sof...
Feb 16, 2018
6 min
Net Zero energia em edificações: como viabilizar este projeto?
Net Zero Energia – Você sabe como viabilizar esse projeto? No começo de maio fizemos um post sobre Edifício Net Zero. Caso este seja seu primeiro encontro com o termo, vale conferir. Aqui neste artigo, nosso objetivo é detalhar as variadas definições do Edifício NetZero e como alcançar esse objetivo. Essa meta é viável para a maioria dos projetos, mas não é fácil. É necessário uma equipe comprometida em maximizar a eficiência do design e um investimento de menos de 10% sobre o valor total da obra. O retorno financeiro se dá em uma média geral de 7 anos, podendo variar em um pouco mais ou menos de acordo com a tipologia de projeto. Vamos iniciar nossa conversa apontando que: * 90% dos impactos ambientais que uma edificação exerce sobre o meio está atrelada ao uso de energia. * A vida útil de uma edificação gira em torno de 70 a 75 anos. Olhando apenas esses números fica fácil entender o motivo de uma edificação sustentável, e principalmente eficiente, ser tão importante, devendo ser popularizada. Nós, arquitetos e engenheiros, devemos assumir esse compromisso de forma mais séria e contundente. Aprendendo a administrar isso dentro de nossos projetos e junto a nossos clientes. Construir de forma equilibrada. Equilíbrio Essa é a palavra que melhor define um edifício NetZero. Esse equilíbrio deve ser alcançado em múltiplos aspectos – geração e destinação de resíduos, eficiência no uso da água e eficiência energética.  Hoje, no Brasil, o que vem sendo mais comercializado é NetZero Eficiência Energética no seu conceito mais básico: uma unidade de energia usada por uma produzida. Contudo, NetZero pode ser muito mais se olharmos para a definição mais completa e já adotada em diversos países ao redor do mundo.  As definições abaixo foram publicadas pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos através do seu Laboratório de Energias Renováveis: * Net Zero Energia Local – A mais comum e utilizada das definições. Segundo ela, o prédio deve, dentro do período de um ano, produzir ao menos o mesmo tanto de energia que consumiu dentro da sua localidade. * Net Zero Fonte de Energia – Dentro desta definição, o prédio deve produzir em um ano a mesma quantidade de energia que consome, incluindo a quantidade de energia que é gasta trazendo e levando energia deste prédio a sua fonte externa de energia. * Net Zero Custo de Energia – Este modelo é baseado na troca monetária, ou seja, o valor que o edifício recebe pela energia gerada a partir de suas fontes próprias e inseridas na rede deve ser igual ao valor que o prédio paga pela energia que retira da rede ao longo do período de um ano. * E Net Zero Emissões da Energia– Neste caso o balanço se dá da seguinte forma: o edifício deve produzir, em quantidade de energias renováveis sem emissões, a mesma quantidade que utiliza de energias que geram emissões. Vale lembrar que o Brasil é predominantemente atendido por energia hidráulica que gera menos emissões que energia via combustíveis fósseis, o que é uma vantagem ao proprietário do edifício na hora do balanço. Entendeu agora que o buraco é bem mais embaixo? Com isso podemos reafirmar que no Brasil as edificações que se denominam NetZero não alcançaram esse objetivo em sua totalidade, zerando em todos os aspectos citados acima. Aliás, poucos prédios no mundo alcançaram essa façanha. Isso é ruim…estamos sendo enganados? De forma alguma. Os impactos que uma edificação causa no meio ambiente são tantos que zerar em apenas uma definição representa um progresso significativo para o desempenho da construção. Se o prédio produzir no ano a mesma quantidade em energia que ele consome, seu desempenho aumenta em média entre 50%-70% em rela...
Feb 2, 2018
12 min
Como é o Exame LEED? Compartilhamos nossas experiências
Você pretende estudar para o exame LEED e dar um grande passo na carreira? Muitos profissionais procuram. Por isso, eu e a Sami resolvemos compartilhar nossas experiências para você entender como é realizar o exame e até se tranquilizar um pouco! Para ouvir é só clicar no player logo acima. 🙂  
Jan 31, 2018
19 min
10 Grandes Motivos para Você Ser um LEED AP
Quais os motivos para ser um LEED AP? Ser um LEED AP é uma maneira rápida e eficaz de obter ótimos pontos na carreira. No entanto, apenas falar que você estará na frente de outros profissionais da indústria é simplório. Por isso, listamos 10 grandes motivos para você se tornar um LEED AP e como isso pode abrir oportunidades inimagináveis na carreira. 1. Novas oportunidades em campos diversos Assim como já discutido neste artigo, ser um LEED AP abre margem para oportunidades em campos distintos. Aqui estão algumas: * Em consultorias sustentáveis no Brasil e pelo mundo, onde você pode ajudar construtoras ou escritórios de engenharia e arquitetura a atingirem objetivos sustentáveis. * Como um certificador, abrindo sua própria empresa ou ajudando outras a obterem uma certificação. * Em seus próprios projetos, certificando-os ou mesmo aplicando as estratégias de forma organizada e valorizada pelo mercado. * Trabalhar como um consultor de sustentabilidade dentro de bons escritórios de arquitetura ou engenharia.   Lembrando que se tornar um LEED AP pode ser interessante não apenas para aqueles que trabalham diretamente com projeto e construção, mas também aqueles que trabalham na cadeia de fornecedores deste mercado, melhorando o discurso e ampliando oportunidades. 2. Em alguns projetos o LEED é preferencial ou até obrigatório Da última vez que pesquisei “LEED” no www.simplyhired.com, encontrei 4.022 oportunidades de trabalho. Algumas solicitam o LEED como um sistema de certificação preferencial ou até mesmo obrigatório. Inclusive, existem instituições governamentais e até mesmo empresas pelo mundo tornando obrigatória a certificação de seus empreendimentos. Portanto, quando você obtém esta acreditação você assegura maiores oportunidades na carreira. 3. O LEED possui um reconhecimento global (e crescente) Este é um fator de diferencia o LEED de qualquer outro tipo de certificação. Enquanto outras atuam em pouquíssimos lugares (AQUA), tenham apelo apenas em países da Europa (BREEAM) ou sejam simplesmente muito fáceis para serem levadas a sério, o LEED é utilizado no mundo todo — o que facilita para profissionais que buscam trabalhar em outros lugares do mundo e serem reconhecidos para tal. Outra consideração inequiparável é o número de projetos: existem mais de 62.000 edifícios certificados LEED em mais de 150 países, e 186.000,00 m2 de espaços certificados por dia. Como outra vantagem, você poderá trabalhar em conjunto com profissionais de todo o mundo por uma linguagem universal definida pelo sistema de certificação, facilitando o processo de inserção global e por consequência abrindo bons espaços na sua carreira. 4. A economia favorece e continuará favorecendo Ser um LEED AP é tanto um investimento de curto e longo prazo, pois no mundo a procura por profissionais verdes é crescente. De acordo com um estudo realizado pela Dodge Data & Analytics em 2016, espera-se que o número de green buildings seja duplicado até 2018. A porcentagem de empresas que esperam ter mais de 60% de seus projetos com certificações saltará dos 18% atuais para 37%. No Brasil, espera um crescimento de seis vezes na porcentagem de empresas que esperam certificar a maioria dos seus projetos. Um crescimento de cinco vezes é esperado na China, e um crescimento de quatro vezes é esperado na Arábia Saudita (de 8% para 32%). Portanto,
Jan 18, 2018
18 min
Estratégias para Escolas de Alta Performance
O que conhecemos sobre educação se transformou nos últimos anos, não concorda? Se antigamente tínhamos as salas de aula e bibliotecas como redutos da boa educação, atualmente possuímos suas extensões em plataformas de EAD, quem vem ocupando cada vez mais espaço. Apesar deste fator ajudar as escolas a reduzir seus custos operacionais — além de facilitar e baratear o aprendizado — muitas instituições escolares ainda necessitarão de espaços que estimulem os estudantes. Quais boas estratégias de green building podemos aplicar em espaços novos ou existentes, estabelecendo escolas de alta performance? Buscamos as principais neste artigo. Performance acústica A boa acústica é imprescindível, tanto para aprimorar o aprendizado dos estudantes como para manter a boa saúde dos professores. De acordo com o Institute for Enhanced Classroom Hearing, uma média de 25 a 30% do que os professores dizem em sala de aula não são compreendidos pelos alunos devido a má performance acústica. Entre os problemas estão: Ruídos internos de sistemas de ar condicionado O ideal é obtermos um nível inferior de pelo menos 40dBa em sistemas de HVAC para uma maior qualidade do ensino. Ruídos que se originam de fontes externas Para casos onde o barulho externo é excessivo, podemos utilizar barreiras de som, elevar o coeficiente de transmissão sonora das paredes ou mesmo procurar estratégias adicionais para melhorar estes níveis. Tempos de reverberação Para a grande maioria das salas de aula, obter um tempo menor de reverberação inferior a 0,6 deve bastar. Para mais detalhes, consulte a ANSI 60 ou a NBR12.179 (Comentário: o Arquiteto Marco Losso, especialista em acústica do site www.acustica.arq.br, contribuiu com este artigo dizendo que a NBR 12.179 não é suficiente para tratar o tema de reverberação em escolas.) É possível sanar cada um desses problemas por estratégias em conjunto com o engenheiro mecânico e por cálculos na especificação de projetos de interiores, obtendo assim escolas de alta performance. Acessibilidade Um bom projeto é aquele que permite todas as pessoas a fazerem parte dele. Por este motivo precisamos assegurar que pessoas portadoras de necessidades especiais tenham acesso a mobilidade. Para atingirmos este objetivo podemos consultar uma norma nacional já bem conhecida, como a NBR9050, que foi atualizada em 2015. Caso queira ir mais longe, é possível buscar a ADA Standards for Acessible Design e também a ISO 21542 &#8211; Acessibilidade e Usabilidade do Ambiente Construído. Ergonomia Física e Visual Utilizar os mesmos músculos e ligamentos repetidamente pode causar desconforto e tensão, principalmente em espaços onde realizamos tarefas repetitivas, como escolas. Portanto, para obtermos escolas de alta performance, oferecer estratégias de ergonomia física e visual são fundamentais. Podemos oferecer: 1. Ergonomia visual, fornecendo telas de computador ajustáveis em altura e distância do usuário. 2. Flexibilidade de altura nas mesas, e outros suportes de altura adicionais. 3. Flexibilidade de altura e profundidade nas cadeiras. Iluminação Interna Estudos de iluminação mostraram que estudantes ficam mais confortáveis ​​e produtivos em ambientes cuidadosamente iluminados. A alta qualidade da iluminação ajuda a eliminar distrações, cria interesse visual e um senso de lugar, além de suportar interações e comunicação, contribuindo para o bem-estar dos ocupantes e reduz os problemas de saúde. Nós podemos melhorar consideravelmente a <a href="https://www....
Jan 16, 2018
16 min
A Blockchain Como o Futuro da Energia Verde
[smart_track_player url=&#8221;http://www.ugreen.com.br/wp-content/uploads/2018/01/Blockchain-e-o-Futuro-da-Energia-Verde-Eficiencialidade-s01e07.mp3&#8243; title=&#8221;Blockchain e o Futuro da Energia Verde | Eficiencialidade S01E07&#8243; artist=&#8221;Eficiencialidade Podcast&#8221; social_gplus=&#8221;false&#8221; social_linkedin=&#8221;true&#8221; social_email=&#8221;true&#8221; ] Você acompanha o crescimento da energia solar? O setor de energia solar foi um dos que mais cresceu em 2017. De acordo com o The Guardian, o crescimento mundial foi de 50% em 2017, muito devido a esforços dos EUA e China. No Brasil o crescimento foi de 70% nos últimos dois anos. Mesmo com ótimos sinais, considero que o crescimento poderia ser muito maior, afinal, a produção de energia renovável ainda é proibitiva para grande maioria do setor residencial. Como isso poderia ser diferente, incluindo você e muitos de seus clientes no processo? Leia esse artigo para compreender. O grande empecilho O maior impeditivo para aqueles que buscam um sistema de energia renovável ainda é o longo prazo de retorno do investimento. É importante ressaltar que a culpa desse longo payback não é do sistema solar por si só. O preço dos componentes na verdade só decrescem, caminhando inclusive contra o aumento anual das tarifas energéticas. Este payback longo se origina, em grande parte, pela falta de incentivos governamentais. Impeditivo 1 Mesmo que o produtor de energia residencial mantenha uma produção superior ao seu consumo, será necessário o pagamento da tarifa mínima para a concessionária, que terá um valor dependendo da região e da sua rede — monofásica, bifásica ou trifásica. Esse fator torna o investimento interessante apenas para produzir o excedente da energia consumida, já que o residual da tarifa mínima terá que ser pago separadamente de qualquer forma. Este fator diminui drasticamente o benefício ambiental e econômico do investimento. Impeditivo 2 Outro revés para quem produz acima da própria demanda é apenas receber créditos sobre o excesso, que são &#8220;armazenados&#8221; – geralmente por um período de até 60 meses – e poderão ser utilizados para os próximos meses caso o consumo seja maior que a produção. Este benefício é inútil na maioria dos casos, pois se você produz mais do que precisa, geralmente continuará produzindo, mesmo considerando estações mais frias onde a produção diminui. Mas&#8230;e se o futuro reservasse maior independência e bons frutos para os bons produtores de energia verde? A verdade é que esta realidade não está tão longe assim. Para você entender como o setor de energia verde pode mudar drasticamente em alguns anos, precisamos entender o conceito da Blockchain. A Blockchain como o futuro da energia verde Se você acompanhou as notícias da área da tecnologia, deve estar familiarizado com o Bitcoin e o termo Blockchain. O Blockchain é como se fosse um livro-razão virtual — público e compartilhado — que cria um consenso entre duas partes pela validação de muitos computadores pelo mundo sobre uma transação. É considerado um sistema altamente seguro, justamente por ser descentralizado, e também econômico, pois as transações são livres de intermediários entre transações, como bancos e sistemas de pagamento. A Blockchain é vista como a principal inovação do Bitcoin, a criptomoeda que tem aparecido em notícias do mundo todo, visto seu crescimento espantoso — e abrindo precedentes a milhares de outras criptomoedas surgirem no mercado. Hoje existem criptomoedas de todos os tamanhos e cores: algumas como uma evolução tecnológica do Bitcoin (Ethereum), ligadas a internet das coisas (IOTA) e até moedas estranhas ligadas a pornografia,
Jan 12, 2018
12 min
A Especificação de Materiais Sustentáveis na Prática
Como trabalhar com a especificação de materiais sustentáveis na prática? Acreditamos que a internet já esteja bem recheada de matérias sobre o que é um produto sustentável ou que você deve buscar para identificá-lo. No entanto, é fácil se perder com a quantidade de termos: Ciclo de Vida, Certificado Ambiental do Produto, Regionalidade, Cadeia Produtiva e FSC são apenas alguns dos termos mais bem descritos na internet. Nós também já falamos sobre eles neste artigo e de forma mais profunda em alguns cursos. O intuito deste artigo é apresentar a forma como as coisas são na realidade. Dar voz às dificuldades de se conduzir uma especificação de materiais sustentáveis no mercado e no molde em que conduzimos projetos e obras. Afinal, quantas vezes você procurou por produtos ecológicos e, depois de rodar em círculos, terminou comprando o convencional? Aqui estão alguns dos motivos que, provavelmente, te fizeram terminar no convencional: O preço De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor, uma média de 40% das pessoas citam o preço como empecilho para a especificação de materiais sustentáveis. O preço de materiais convencionais é normalmente mais barato, mas nem sempre é verdade. Um exemplo disso é o tijolo ecológico versus o convencional em obras de pequeno porte. Portanto é importantíssimo entender o termo “mais barato”, pois ele possui mais de um sentido para quem está no canteiro de obras. * O mais barato pode ser a relação de simples custo-benefício. Como exemplo, podemos citar o metro quadrado de carpete convencional e um metro quadrado de carpete com toda sua cadeia produtiva traçada e documentada. Os benefícios reais são incomparáveis, mas quando ocorre uma diferenciação apenas na etiqueta de preço pela equipe de orçamento, a comparação será superficial e injusta – especialmente quando a área de aplicação for extensa. * O mais barato pode ser na facilidade no time de obra em trabalhar com uma marca ou produto. Portanto, inserir algo novo levará mais tempo e não é algo que será feito naquele momento. * O mais barato pode ser a questão de disponibilidade do produto na cidade onde esteja inserindo seu projeto. Trazer o produto de outros lugares mais distantes pode ser custoso – as vezes pouco sustentável também. Neste caso, um calculo mais detalhado de pegada de carbono seria determinante. Considerar apenas a questão do Preço já encontramos algumas barreiras que compradores podem encontrar – ou até criar – para evitar especificar algo melhor. Para você que procura uma especificação de materiais sustentáveis, é importante dizer que a relação de preço por custo-benefício não é mais gritante como era há anos atrás. E os inúmeros benefícios de produtos verdes – tanto a nível ambiental quanto de saúde – devem ser levados em consideração ao lado do fator preço. Portanto, não se dê por vencido antes da pesquisa! Falta de alternativas Muitas pessoas já vieram até mim perguntando se existe esse ou aquele produto numa versão eco. Embora haja uma variedade de produtos sendo ofertada, sim, ainda existem diversos produtos que não possuem uma versão eco. Outra reclamação: trabalho para uma empresa que precisa de três orçamentos para qualquer compra. Esse produto não possui 3 marcas que o produza, então não posso colocar este na competição, pois seria tendencioso. Essa é a grande realidade para obras de grande porte em grandes empresas. As políticas empresariais não estão preparadas para favorecer produtos sustentáveis. Não seria o caso de rever essas políticas, beneficiando com pontuações esses produtos? Falta de mão de obra qualificada A mão de obra qualificada pode ser um determinante para a escolha de materiais sustentáveis, mas não deveria.
Jan 10, 2018
15 min
“Isso é muito Black Mirror”: 3 Materiais Sustentáveis Revolucionários
Se sim, sabe como os roteiristas brincam com tendências tecnológicas e seu resultado direto para a sociedade. Alguns episódios são bem críveis, o que nos leva a pensar no que poderia ocorrer nos próximos anos. E na arquitetura? Quais materiais sustentáveis revolucionários possuem uma grande chance de mudar como nós projetamos e melhorar a qualidade de vida dos usuários? Aqui está uma lista de “3 materiais muito Black Mirror” para você conhecer: 1. Vidros eletrocrômicos Esta é uma tecnologia que vem evoluindo há mais de 10 anos, mas a versão 2018 do material apresentado pela Halio terá uma tecnologia que promete revolucionar fachadas e sua relação com a iluminação natural. Como será Os vidros que utilizamos hoje possuem características estáticas, buscando otimizar a distribuição da iluminação em conjunto com a mitigação dos impactos excessivos. O resultado é que torna-se praticamente impossível ter um ambiente perfeito sempre, mesmo com a automação de brises e cortinas. O Halio possui uma coloração eletrocrômica que, quando uma corrente de baixa tensão flui através dela, a janela pode escurecer, sem necessitar de cortinas ou brises. Os visuais são valorizados simultaneamente com a redução do ganho de calor solar. Os parâmetros de conforto deste novo modelo são: * Clareza, com 70% de transmitância de luz visível. * Cor neutra, ou seja, não distorce a realidade como vidros com tons de azul, bronze ou verde. * Escurecimento ou clareamento rápido, realizado em apenas três minutos. &nbsp; O Halio estará disponível como janelas externas que bloqueiam 97% de luz visível e como um painel de privacidade interno que bloqueia até 99,9% de luz visível. Os tamanhos máximos serão de 1,52m x 3,05m e serão compatíveis com controles inteligentes e automação de edifícios, funcionando com Siri ou Alexa. 2. Materiais da Economia Circular Empresas cada vez mais buscam produtos que permitam a economia circular – produtos que possam ser usados e reutilizados após o fim do seu ciclo de vida. Diversas novidades vem sendo lançadas, inclusive com a certificação Cradle to Cradle, que representa um avanço no raciocinio sobre o uso e a devolução de um material ao meio ambiente. Mas materiais como o Ecor, da Noble Environmental Technologies, possibilitam empresas a irem mais longe em relação ao seu descarte. Como será Considerando de forma otimista, empresas hoje descartam seus materiais por estações de reciclagem ou empresas de gerenciamento de resíduos. Com esta nova hipótese, materiais que iriam para um descarte serão remanufaturados para serem vendidos dentro do próprio espaço. Um exemplo seria a Walmart reutilizando o papelão para a fabricação de mobiliário ou itens de decoração. Outro exemplo seria a Starbucks reutilizando restos de sua produção de café para embalagens, mobiliário ou mesmo na produção de materiais de construção  para novas lojas. Materiais como o Ecor tornam esse tipo de ação possível e principalmente lucrativa – o principal propulsor do progresso da inovação. Os materiais sustentáveis revolucionários podem ser produzidos com 100% de conteúdos recicláveis. A Ecor não contém adesivos tóxicos, aditivos, formaldeídos e possui praticamente zero compostos orgânicos voláteis no ar. Empresas como o Google, a Whole Foods e a Tom Shoes já estão utilizando a tecnologia em benefício próprio, e a tendência é uma ampla evolução nos próximos anos....
Jan 8, 2018
17 min
Os 5 Principais Erros em Projetos Sustentáveis
Adoramos dicas sobre o que FAZER para melhorar nossos projetos e deixá-los mais verdes. Mas você sabe quais são os principais erros em projetos sustentáveis? Desta vez, esse artigo possui o propósito de apresentar: * O que você NÃO deve fazer em um projeto; * Os erros mais comuns em projetos sustentáveis * E porque isso é um risco para todo o projeto e até sua carreira Erro nº1 &#8211; Falta de planejamento Grande parte dos problemas se originam aqui. Não possuir um planejamento adequado, e principalmente, que esteja avançado o suficiente para acompanhar as etapas de projeto é um grande erro. É necessário ter clareza das metas que você deseja alcançar e quão tangíveis elas são para o seu tipo de projeto. A falta de conhecimento sobre o tempo de execução e o custo das metas sustentáveis são a principal causa da sua morte dentro do ciclo de um projeto, e é por isso que é o item nº1 dos principais erros em projetos sustentáveis. É preciso entender as técnicas e tecnologias que você deseja aplicar ou contratar alguém que possa fazer isso por você, para que nem o projeto, nem o orçamento, e nem a obra final venham a sofrer. Erro nº2 &#8211; Metas inatingiveis Encorajamos muitas pessoas a pensar grande, engrandecer seus objetivos e correr atrás de seus sonhos, mas é necessário entender as limitações do seu empreendimento. Não existe uma formula perfeita de &#8221; tamanho único&#8221; para todos os casos. Incluir metas que estão de acordo com seu orçamento, tamanho e tipo de projeto é uma maneira de trabalhar de forma mais sustentável. Existem projetos que, para se enquadrar em uma categoria de mais pontos no LEED, podem tentar subverter regras — especificar mais do que o necessário em um projeto é um exemplo dessa subversão — e é por isso que é o 2º item da lista de erros em projetos sustentáveis. Não podemos ir contra aos princípios da sustentabilidade. E, falando em princípios de sustentabilidade, isso nos leva ao próximo ponto&#8230; Erro nº3 &#8211; Pegada de carbono Apesar de ser mais impactante em países Europeus — que mais dependem de combustíveis fósseis como o carvão mineral ou o gás natural — não pensar na pegada de carbono resultante é um dos principais erros em projetos sustentáveis, indo contra os princípios ambientais da sustentabilidade além de ser um desperdício de raciocínio. O principal objetivo da sustentabilidade — em toda a soma ambiental, social e econômica — é diminuir nossa pegada de carbono neste planeta. Quais os fatores que aumentam a pegada de carbono em um projeto mal planejado? * Re-trabalho: falta de compatibilidade entre os sistemas da edificação, o gasto acima do necessário para materiais, um tempo de obra maior para se adequar ao financiamento com um banco. * Redundância: o gasto adicional recorrente de explicações, retrabalhos ou compras adicionais. É o consumo de energia superior ao necessário para realizar uma atividade. * Equipamentos ineficientes: dimensionar um sistema para funcionar muito abaixo ou acima da sua capacidade. * Exemplo 1: um sistema de ar-condicionado que funcione abaixo de sua capacidade. Tornará o sistema mais caro, utilizando recursos desnecessários. * Exemplo 2: Um sistema de ar condicionado que funcione acima da sua capacidade. Irá gerar desconforto aos usuários, que irão abrir as janelas e gerar ainda mais consumo para o sistema. Esses três itens aumentam a pegada de carbono do projeto e jogam energia diretamente no lixo, e por isso são nosso item nº3 dos principais erros em projetos sustentáveis. Erro nº4 &#8211; Não pensar no futuro Por mais chato que seja falar, o pensamento a curto prazo é um mal do brasileiro.
Jan 5, 2018
18 min
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